O nível do Rio Acre marcou 17,55 metros na medição das 9h deste sábado (1) em Rio Branco e segue em ltimtendência de elevação. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, são 18 centímetros a mais em 24 horas. Essa é a maior cheia dos últimos oito anos.

O rio passou da cota de transbordo na quinta-feira (23). Desde então, o manancial continua subindo e já atinge cerca de 56 mil moradores de Rio Branco.

São cerca de 972 famílias com cerca quase 3 mil pessoas desabrigadas. Ainda segundo a Defesa Civil de Rio Branco, 1,3 mil famílias com 4,5 mil pessoas estão desalojadas por conta da enchente, ou seja, foram levadas para casas de parentes ou amigos.

“Estamos muito próximo de mil famílias que estão em abrigos, com um total de 3 mil pessoas. Somente no Parque de Exposições temos em torno de 980 pessoas, totalizando 312 famílias. Já estamos com 17,55 metros nesse momento e ele [rio] continua subindo com velocidade alta, pode sim chegar aos 18 metros, esperando que não ultrapasse a cota de 2015, que foi 18,40m. Mas, de qualquer maneira vamos ter um aumento podendo nos aproximar ou chegar a 18 metros”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.

Subiu para 40 o número de bairros da zona urbana de Rio Branco atingidos pela enchente do Rio Acre. Além disso, 27 comunidades rurais estão atingidas, com 4,1 mil pessoas de mais de mil famílias.

“Diminuímos o número de abrigos, estávamos com 39 e desmobilizamos três, estamos com 36 abrigos, isso em decorrência de estarmos concentrando a maior parte dos desabrigados no parque de exposições, para que a gente aumente nosso poder operacional”, afirmou Falcão.

Neste sábado, o prefeito Tião Bocalom e equipe da Defesa Civil do município percorreu de barco alguns dos bairros atingidos pela enchente do Rio Acre para verificar a situação das famílias.

“Nosso objetivo hoje é averiguar in loco o que realmente está acontecendo com essa enchente. Em 24 horas o rio subiu 15 centímetros e agora, em apenas 3h, ele sumiu 6 centímetros, então significa que a velocidade do aumento das águas está muito maior. Então isso demanda muito mais equipes de socorros, muito mais trabalho. Essa já é a segunda maior cheia do Rio Acre e agora precisamos do trabalho e ajuda de todo mundo. Não tivemos só a alagação, tivemos também a enxurrada dos igarapés. Então, quando você junta a enxurrada e o evento desse rio, podemos dizer que é o maior desastre que Rio Branco teve até hoje com relação as águas. Isso realmente é um problema seríssimo”, disse o prefeito.

Bocalom também falou sobre os valores liberados pela prefeitura para o atendimento às famílias atingidas. “A prefeitura destinou até agora R$ 20 milhões e, se for preciso, a gente coloca mais. Governo federal deverá nos ajudar na recomposição de tudo isso, porque o estrago vai ser grande. E o governo do estado tem sido um parceiro. O sofrimento é grande e assim gente ameniza a situação.”

Unidades de saúde fechadas

A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco precisou fechar entre essa sexta-feira (31) e este sábado (1) cinco unidades de referência em atenção primária e unidades de saúde da família por conta da cheia do Rio Acre na capital.

Entre as unidades estão a Urap Augusto Hidalgo de Lima, no bairro Palheiral, a Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze. Além da USF Triângulo Novo, USF Belo Jardim 3 e USF Aeroporto Velho.

Conforme comunicado postado nas redes sociais da prefeitura, a medida foi tomada por questão de segurança, uma vez que as águas do manancial já atingem as unidades, e deve perdurar até que a situação seja controlada.

Com a subida do Rio Acre e o acúmulo de balseiros, a Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, foi interditada na noite dessa segunda-feira (27), em Rio Branco por medida de segurança. Enquanto isso, o tráfego na Ponte Coronel Sebastião Dantas está em mão dupla, assim como na Epaminondas Jácome.

Seis municípios acreanos decretaram situação de emergência: Rio Branco, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Sena Madureira. No sábado (25), o governo federal reconheceu a situação de emergência em Rio Branco por causa dos estragos causados pelas chuvas e nessa quarta (29) fez o reconhecimento da situação de emergência de Brasiléia, Assis Brasil e Xapuri.

No domingo (26), os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, chegaram ao Acre para um sobrevoo pelas áreas alagadas. Eles percorreram os bairros, conversaram com moradores e garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária. (Iryá Rodrigues, g1 AC)

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