O jogador de futebol Gustavo Scarpa usou as redes sociais nesta segunda-feira (13) para comentar publicamente, pela primeira vez, o prejuízo milionário que teve ao investir mais de R$ 6 milhões em criptomoedas em uma empresa indicada por Willian Bigode, seu ex-colega no Palmeiras. A empresa que Scarpa investiu tem filial no Acre e já foi alvo do Ministério Público do Estado (MP-AC).

“Estou precisando orar mais. Realmente!”, postou Scarpa.

A postagem se refere ao trecho em que Bigode diz: “Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. A questão que agora é orar. Fazer o que eu sei. Agora é esperar no Senhor”, em um dos áudios revelados pelo Fantástico.

Áudios revelados pelo Fantástico nesse domingo (12) mostram conversas entre Scarpa, Willian e os donos da Xland, Jean Ribeiro e Gabriel Nascimento. O jogador agora tenta recuperar o dinheiro que investiu.

Após o caso vir à tona, o craque do Brasileirão 2022, em tom de ironia, rebateu a mensagem enviada por Willian sobre ter que orar.

Golpe milionário

Enquanto ganhava o título do Brasileirão de 2022, Gustavo Scarpa vivia um drama pessoal. Ele investiu R$ 6,3 milhões em criptomoedas por indicação do ex-companheiro de time Willian, e o dinheiro desapareceu.

O jogador foi apresentado à empresa Xland por Bigode, em junho de 2020, por meio de um arquivo com uma apresentação sobre criptomoedas. A empresa tem filial na capital acreana, Rio Branco, e tem uma parceria com a WJLC, empresa de Bigode.

Em junho de 2020, Willian repassou para Scarpa um arquivo da Xland e escreveu: “Essa apresentação é sobre criptomoedas que conversamos”. Scarpa começou então a fazer investimentos com a Xland. No contrato, a promessa: lucro de “até 5% ao mês”, muito acima do que qualquer aplicação no mercado.

Para convencer Scarpa a investir, Gabriel Nascimento, um dos donos da Xland, chegou a dizer que a empresa tinha R$ 2,1 bilhões em pedras de alexandrita, um mineral de grande valor, além de possuir chácaras e terrenos como garantia.

Scarpa passou a desconfiar de um possível golpe apenas em agosto de 2022. O jogador comunicou à Xland que gostaria de resgatar parte de seu dinheiro, mas não conseguiu. Foi quando ele passou a desconfiar que o investimento dos sonhos podia ser um golpe.

Em nota, Willian Bigode negou as acusações e disse que também é vítima de um golpe, pois investiu recursos financeiros em criptoativos e perdeu cerca de R$ 17,5 milhões. Ele afirma que solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 e até hoje não recebeu qualquer quantia. À polícia, o jogador disse que todos os valores estão declarados em seu Imposto de Renda.

Os sócios da Xland afirmam que estão à disposição para cooperar com todas as autoridades, bem como para esclarecer todas as dúvidas em relação aos procedimentos jurídicos que serão adotados para honrar com os créditos de seus clientes.

Gabriel Nascimento também se disse vítima da FTX, a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo. A FTX faliu em novembro do ano passado e investidores do mundo inteiro tiveram prejuízos.

As conversas que o Fantástico teve acesso indicam que o goleiro acreano Weverton, que foi à Copa do Mundo do Qatar com a seleção brasileira, também perdeu dinheiro. Mas, ele não quis falar sobre o assunto.

Empresa Xland Investment é investigada pelo MP-AC — Foto: Asscom/MP-AC

Alvo de investigação do MP-AC

A empresa de criptomoedas, Xland Investment, foi alvo de investigação do Ministério Público do Acre (MP-AC) por suspeita de ser uma pirâmide financeira. De acordo com o documento, divulgado pelo MP em outubro de 2022, a 1º Promotoria de Defesa do Consumidor propôs uma ação civil pública, visando apurar possível formação de esquema de pirâmide financeira.

“De acordo com relatórios do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), por meio Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB) do MP-AC, há fortes indícios de que a empresa Xland Investment esteja se aproveitando do fato de que criptomoedas serem ativos financeiros sobre os quais a maioria da população tem pouco conhecimento sobre o assunto para empregar esquema ilícito. Além disso, a empresa citada também se beneficia do fato de os sistemas de moedas virtuais possuírem quase nenhuma regulamentação para atuar numa modalidade de pirâmide conhecida como ‘esquema de ponzi’”, destacou a nota.

O esquema de Ponzi é uma operação de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve a promessa de pagamento de rendimentos exorbitantes e lucros atrativos aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real.

“Nesta modalidade de investimentos, que aparenta ser lícita, não ocorre, de fato, investimento algum. Os investidores iniciais são pagos com o dinheiro dos investidores que entram posteriormente, os quais são recrutados pela própria empresa, e não pelos que a ela confiam seu dinheiro”, destacou o MP-AC na época.

Mensagens de texto e de áudio revelam detalhes do golpe sofrido por Gustavo Scarpa

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