Manifestantes fecharam principais ruas de acesso ao Centro de Rio Branco nesta sexta-feira (11) contra reintegração de posse de área de invasão. Governo prometeu colocar famílias no aluguel social, mas proposta foi recusada.

Por Aline Nascimento, g1 AC

Moradores de uma área de invasão do bairro Irineu Serra fecharam ruas do Centro de Rio Branco em protesto contra uma ordem de reintegração de posse. O ato iniciou por volta de 9h desta sexta-feira (11) e terminou às 17h43. A entrada do Terminal Urbano foi interditada e os ônibus ficaram impedidos de circularem.

Segundo o governo, terrenos de duas áreas, que ficam nos bairros Irineu Serra e Defesa Civil, de propriedade do governo, são ocupados irregularmente por moradores desde 2021. Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Habitação e Urbanização (Sehurb) revelou que há 360 casas, que ocupam 273,4 mil metros quadrados, construídas nas áreas.

“A Justiça determinou que, na próxima semana, a Polícia Militar cumpra a ordem de reintegração de posse e as famílias sejam retiradas de lá. Ao todo, são 350 famílias morando, tem pessoas deficientes, idosos, crianças e esse povo vai pra onde?”, questionou Edson Mendonça, um dos moradores do local.

Ao saberem disso, os moradores foram para o Centro da capital acreana protestar. “Reivindicamos nosso direito de moradia porque nos foi prometido que ninguém iria mexer com a gente, mas, infelizmente, soubemos que segunda-feira [14] vão entrar para despropriar e tirar todo mundo”, criticou.

Terminal Urbano ficou fechado durante ato nesta sexta-feira (11) — Foto: Murilo Lima/Rede Amazônica Acre

O governou informou que foi oferecido colocar essas famílias no aluguel social, mas os manifestantes não aceitaram a proposta.

“Estamos acompanhando de perto toda a situação e a nossa primeira medida foi a oferta do benefício do aluguel social para todos os moradores da área, porém, apenas três famílias aceitaram”, disse a chefe do Departamento Social da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanização (Sehurb), Dayana Araújo.

Ainda segundo o morador, a comunidade quer ficar com a terra e não ser colocada em aluguel social e nem ser inserida Cadastro Habitacional do Acre. “Queremos moradia, não queremos aluguel. Já saímos do aluguel, estamos lá há um ano e meio”, destacou.

Manifestantes se recusam a ir para aluguel social e pedem regularização de terras — Foto: Murilo Lima/Rede Amazônica Acre

Reivindicação é antiga

Em junho de 2022, os moradores da região fizeram um ato em frente a Casa Civil.

Em setembro do mesmo ano, os moradores da Área de Proteção Ambiental Raimundo Irineu Serra (Aparis) alertaram para os impactos por crimes ambientais, como queimadas e derrubadas, e agora também com invasão, já que estão montando casas em torno da comunidade.

As casas de madeira estavam sendo construídas às margens da Estrada Irineu Serra e o problema se arrastava desde junho, segundo a associação de moradores do bairro.

Conhecida por ser uma comunidade onde se originou o daime, a área de proteção ambiental tem mais de 908 hectares de terra e foi criada em junho de 2005.

Em outubro de 2022, mais uma vez, moradores protestaram na praça do Centro de Rio Branco para evitar despejo e pedir que o governo do estado regularize a ocupação, que se arrasta desde junho.

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