MANOEL FAÇANHA

Fundado em agosto de 1946, o Independência Futebol Clube, chamado por seus torcedores pelo glorioso epíteto de Tricolor de Aço, completa nesta sexta-feira (2) de agosto ano 78 anos de existência. O clube foi fundado por um grupo de empresários da cidade de Rio Branco, , sendo que inicialmente a agremiação foi chamada de Ypiranga Futebol Clube. O seu primeiro presidente foi o jornalista Tufic Asmar e o uniforme o primeiro uniforme foi constituído de camisa com listras verticais vermelhas, verdes e brancas, calção branco e meias brancas. Os desenhos do uniforme e do escudo fazem referência ao Fluminense, do Rio de Janeiro.

Nestas quase oito décadas de existência, o clube do Marinho Monte, ao lado de Juventus, Rio Branco e Atlético Acreano, forma o quarteto dos times mais tradicionais do futebol do Acre, inclusive, apontado como o clube de maior torcida do futebol local durante as décadas de 1970, 1980 e 1990. No entanto, aos poucos, pelas ausências de títulos, a torcida tricolor diminuiu de forma considerável. Acredita-se, porém, que  com o título desta temporada, o torcedor tricolor possa reaparecer nas arquibancadas a partir de 2025, quando o clube terá calendário cheio, com o retorno a uma disputa de Copa do Brasil, após um quarto de século de ausência, feito esse garantido pelo fim do jejum de títulos estaduais, que foi encerrado nesta temporada. Outros dois torneios nacionais a serem disputados pelo tricolor na próxima temporada será a Copa Verde e o Campeonato Brasileiro da Série D, duas competições jamais disputadas pelo clube do Marinho Monte.

O Independência conquistou o título estadual da temporada 2024. Foto/Manoel Façanha

Na década de 1970, o Tricolor de Aço formou grandes esquadrões

Independência – 1973. Em pé, da esquerda para a direita: Melquíades, Clérman, Chicão, Jorge Floresta, Deca, Flávio, Chico Alab, Manoel, Pitéo, Eró, Otávio e José Augusto. Agachados: Lelê, Mané Garrincha, Mundoca, Carlinhos, Euzébio, Bico-Bico, Rui Macaco, Bebé e Júlio César. Acervo Manoel Façanha.

Numa viagem no tempo, fica evidente que a época mais gloriosa do clube ocorreu durante as décadas de 1970/1980. Neste período, o Tricolor de Aço conquistou cinco estaduais (1970/1972/1974/1985/1988) e era um clube que formou vários esquadrões com atletas de altíssimo nível, entre os quais podemos citar alguns jogadores que figuraram no clube na década de 1970: Aldemir Lopes, ponta de lança que parecia levitar em campo; Escapulário, armador bailarino que dançava com a bola nos pés; Bico-Bico, ponteiro veloz e driblador e lendário pela vida boêmia; e Palheta, zagueiro ao mesmo tempo duro (no combate ao adversário) e clássico (com a bola nos pés), além do goleiro José Augusto, verdadeira muralha tricolor. O clube do Marinho Monte, no ano de 1973, contou numa partida amistosa, contra o Atlético-AC, com a presença do lendário bicampeão mundial Mané Garrincha vestindo a camisa da agremiação. Na mesma partida, Garrincha, já aposentado, jogou um tempo de partida pelo Galo Carijó.

Independência – 1974. Em pé, da esquerda para a direita: Zé Lins (diretor), Flávio, Chico Alab, Escapulário, Palheta, Deca e Zé Augusto. Agachados: Bico-Bico, Aldemir Lopes, Rui Macaco, Augusto, Júlio César e Tonho. Foto/Acervo Zacarias Fernandes.

Na década de 1980, o Independência ainda montou boas equipes. Tanto que levantou o “caneco” de campeão acreano em duas oportunidades na década seguinte: 1985 e 1988. Vários jogadores de ótimo nível técnico vestiram a camisa tricolor nessas campanhas. Casos, por exemplo, de Paulinho Rosas, Emilson Brasil, Klowsbey, Sabino, Antônio Júlio, Paulo Roberto, Mariceudo, Isaac, Paulão etc.

Independência 1973. Em pé, da esquerda para a direita: Zé Augusto, Lelé, Flávio, Palheta, Melquíades e Eró. Agachados: Bico-Bico, Sílvio, Aldemir Lopes, Nostradamus e Bolinha. Foto/Acervo Francisco de Assis Muniz Ribeiro.

Na era do profissionalismo, entretanto, o Independência conquistou apenas quatro títulos em 32 disputados .

Os grandes cartolas

Entre os grandes dirigentes do clube do Marinho Monte podemos citar Adalberto Aragão, Darci Pastor, Adherbal Maximiano Caetano Correa, Eugênio Mansour, Hélio Amaral, José Esteves, Gersinho, Orlando Sabino, Valdir Silva, Jose Eugênio Leão Braga, o Macapá, e entre outros.

Veja os títulos

No currículo histórico de títulos, consta que o Tricolor de Aço ergueu por 22 vezes o troféu de campeão na categoria principal. Doze deles pelo campeão acreano da elite (1954, 1958, 1959, 1963, 1970, 1972, 1974, 1985, 1988, 1993, 1998 e 2024); Três vezes do Torneio Início (1958, 2001, 2004); Três vezes da Taça Cidade de Rio Branco (1969, 1971 e 1972); Três vezes do Torneio do Povo (1981, 1982, 1986) e uma vez da segunda divisão (2018).

Independência – 1974. Em pé, da esquerda para a direita: Zé Lins (diretor), Flávio, Chico Alab, Escapulário, Palheta, Deca e Zé Augusto. Agachados: Bico-Bico, Aldemir Lopes, Rui Macaco, Augusto, Júlio César e Tonho. Foto/Acervo Zacarias Fernandes.
Independência de 1972 – Em pé, da esquerda para a direita: Illimani, Chico Alab, Jorge Floresta, Palheta, Melquiades, Zé Augusto, Flávio e Moura. Agachados: Manoel Pezão, Bico-Bico, Bebé, Aldemir Lopes, Escapulário e Tonho. Mascotes: Yokanan (de branco) e Klowsbey (com a camisa tricolor). Foto/Acervo: Zequinha Moura.

Veja alguns depoimentos personalidades

Nesta sexta-feira (2), o Tricolor de Aço completa 78 anos de fundação. O site na Marca da Cal/Acre News resolveu pegar o depoimento de alguns personagens que fizeram parte ou vivenciaram momento riquíssimos da história de títulos e conquistas da agremiação. Na oportunidade, a reportagem traz ainda a historia da famosa “quarta partida”, uma das maiores polêmicas do futebol acreano, ocorrido nos primeiros anos de 1970.

O eclético lateral e técnico PR Oliveira

O eclético Paulo Roberto Oliveira, ex-jogador e técnico do Independência lembra com felicidade da sua passagem pelo Tricolor de Aço, onde conquistou o vice-campeonato de 1984 e o título da temporada 1985. Oliveira, que ainda treinou o clube em duas oportunidades (1993 -2005), comentou que o Independência  teve contribuição importante na sua trajetória de atleta, elogiando a diretoria da época e a apaixonada torcida tricolor. “Eu tenho muito carinho e lembranças positivas da minha passagem por essa agremiação história que é o Independência” comentou o ex-lateral direito e hoje funcionário público aposentado da Universidade Federal do Acre (Ufac), professor da Escolinha do Rei Artur  e comentarista do programa esportivo “Bancada da Bola”, da TV5.

Do Tricolor de Aço para o Remo e a Europa

Um dos grandes craques da história do futebol acreano, o atacante Artur Oliveira, lembra com gratidão da sua passagens pelo Independência. “Eu sou muito grato ao Tricolor de Aço e a dirigentes do clube da época (alguns deles já em outro plano espiritual, como Hélio Amaral, Raimundo Ferreira e Campos Pereira), mas que foram importantíssimos na minha saída do estado para o Clube do Remo”, disse o ex-jogador e hoje secretário municipal de Esporte de Rio Branco-AC”.

Cronista enaltece a história do Independência

O cronista esportivo Francisco Dandão durante cobertura no estádio Arena da Floresta. Foto/Manoel Façanha

O experiente cronista esportivo Francisco Dandão, colunista do site Na Marca da Cal, acompanhou boa parte da história do clube durante essas quase oito décadas de existência do clube. Segundo ele, a história do Independência se confunde com a própria história do Acre, tantas as figuras importantes da política, da sociedade e dos esportes que, de alguma forma, contribuíram para o sucesso do clube. Certamente, sem o Independência o futebol acreano seria outro bem menor.

Da Princesinha do Acre para o Tricolor de Aço

Independência – 1984. Em pé, da esquerda para a direita: Klowsbey, Paulo Roberto, Paulão, Jaime, Emilson e Erivaldo. Agachados: Paulinho, Gilmar, Julinho, Carlinhos Bonamigo e Medeirinho. Foto/Acervo Gilmar Sales.

O xapuriense Julinho, atacante do Independência no vice-campeonato de 1984, perdido para o Juventus por 1 a 0, gol do atacante Antônio Júlio, em final arbitrada pelo renomado árbitro Jose Roberto Wrigth, explicou que desde criança tinha um sonho de jogar num clube da capital Rio Branco e, apesar de escutar jogos transmitido por rádio do eixo Rio-São Paulo, tinha como ídolos craques do futebol local, como Emilson, Mariceudo e Carlinhos Bonamigo. O artilheiro foi outro a falar da apaixonada torcida do Tricolor de Aço. “A torcida do Independência era coisa ímpar. Eu ficava emocionado quando entrava em campo e via a massa tricolor nos apoiado a cada minuto de jogo. Era de emocionar a alma de qualquer jogador”, lembra com saudosismo o ex-jogador e hoje professor de Educação Física.

Créditos: https://namarcadacal.com.br/

Compartilhar

DEIXE UMA RESPOSTA

In that case, these parameters will be relevant in predicting the outcomes of cyber events. mostbet In conclusion, Mostbet Kenya sticks out as a comprehensive online gambling platform. jarayon Mostbet Partners offers the newest products and top-notch creative marketing tools. mostbet siz You can contact our experts and get an instant response in Bengali or English. mostbet